O Impacto da Covid-19 nas Grandes e Pequenas Empresas nas Periferias |Por: @@Louis Joakim|
Actualmente considero que, para as
pequenas e/ou microempresasnas periferias,a COVID-19 tem tido um
impacto devastador, por vários motivos, um deles é facto de não possuirmos uma
estrutura macro e microeconomicamente organizada para fazer face aos desafios
tão grandes impostos nesta nova realidade.
Uma vez que estamos perante uma situação
que ainda abala a estrutura económica e financeira mundial em todos os seus
segmentos,podemos a título de exemplo citar, as microempresas vulgo “Cantinas e Janelas abertas” detidas
maioritariamente por cidadãos de nacionalidades Angolana, Maliana e Eritreia que boa parte deles se dedicam
à comercialização de bens de primeira necessidade (Cesta Básica) constituindo
assim, no último e não menos importante segmento de mercado (Venda ao
consumidor final), têm sofrido de forma assustadora com o impacto nesta nova
fase, se olharmos para os preços, vamos notar que de dezembro de 2019 para cá
(outubro de 2020), tivemos um aumento assustador na inflação fruto da crise do
sistema económico angolano.
Estas empresas vêem-se afectadas de tal
forma, porque o processo de produção para além de se ter tornado mais oneroso,
também passou a ser mais demorado, pois com as alterações nos factores de
demandas e ofertas acabaram por afectar tanto nos processos de produção como também nos de logística, transporte, distribuição e até na atribuição ou fixaçãofinal de preço
de produtos. Ninguém escapou à imposição da nova realidade pandémica, obrigando
as empresas quer sejam elas, micro, pequenas, médias ou grandes, a ajustarem-se
às novas realidades impostas pelo cenário mundialmente vivido no contexto
actual.
Numa estratégia de se conciliar as
recomendações impostas pela OMS e as sobrevivências das organizações, as grandes
empresas viram-se obrigadas a reduzirem a sua força de trabalho e desta forma, ajustar
as modalidades de produção tendo em conta a evolução pandémica, enquanto que as
pequenas empresas tiveram de “remar contra a maré”, de certa forma abandonadas
pelo Estado, algumas tiveram mesmo de fechar pelos mais variados motivos e
outras até conseguem “sobreviver”
mas a verdade é que tem sido muito difícil e se as entidades competentes e/ou
reguladoras da actividade económica no país não intervirem, estas correm o
sério risco de desaparecerem.
A lição que podemos retirar de situações
como a que estamos a viver é que devemos sempre aprender a sermos mais
efectivos, eficientes e sérios nos processos de gestão daquilo que é o
património de uma organização, como gestores, preparando-se as para desafios
que possam eventualmente surgir à curto, médio e longo prazo. É preciso ainda
que olhemos para uma empresa com uma certa responsabilidade para com o mercado,
trabalhadores, estado, e outros parceiros para que, aconteça o que acontecer,
se mantenham firmes e fortes.
No
decorrer da conversa, foram surgindo outras questões nomeadamente a seguir:
1º Será
que é melhor apostar em negócios Online do que escritórios normais?
LJ - Ter um Negócio Online ou
E-commerce é o sonho de muitos empreendedores que vêem no mundo virtual
uma forma de aumentar seus lucros e ampliar ainda mais seu negócio. Porém,
sabe-se que tudo que é realizado com sucesso, tem-se por trás um planeamento ou
um plano de negócios. Se olharmos para o mundo no geral, com base nos números,
diríamos que vender na internet é
rentável, “Mas Não É Assim No Nosso País”. O E-commerce ainda tem muito caminho pela frente mas não deixa de ter
certas vantagens:
1º Factor Disponibilidade: Negócios e produtos disponíveis para o
cliente 24 horas por dia, 7 dias por semana, nos feriados e finais de semana,
sem nenhum custo adicional. Para a maioria dos estabelecimentos físicos,
funcionar além do horário normal, requer custos adicionais para os
funcionários. Para o cliente, comprar não tem horário, dependerá exclusivamente
da disponibilidade do consumidor, pode ser antes do trabalho ou de madrugada,
quem escolhe o horário que lhe é conveniente é o próprio cliente.
2º Factores Alcance, Acesso e Informação: Vantagem em poder apresentar todas as
informações do produto, como marca, modelo, tamanho, peso, dimensões, fotos de
qualidade, vídeos explicativos, preço, fretes e tempo de entrega. Acesso a
qualquer momento com uso de Smartphone,
Tablet, Computador, etc., que tenha acesso à Internet é considerado crucial nos dias de hoje. Permite também um
amplo alcance geográfico enquanto a loja física só alcança os clientes da
cidade e região.
3º Factor investimento inicial num
negócio Online em comparação com o investimento de uma loja física:
1º Aluguer ou compra do imóvel.
2º Contratação de funcionários.
3º Impostos.
4º Móveis
5º Decoração
6º Limpeza entre outros).
Não há necessidade de contratação de
vendedores, logo, não é necessário pagamento de comissão, o que já dá uma
margem de lucro maior, permitindo operar com linha de desconto bem mais
atractivo para o consumidor. Com a tecnologia e o surgimento da internet, surge
também uma nova forma de comércio e de atendimento ao consumidor, hoje não é
mais preciso sair de casa ou do serviço para fazer compras, tudo isso pode ser
feito em qualquer lugar, a qualquer hora do dia, basta ter acesso à internet.
2º
Como pequenas empresas podem reagir ao impacto do coronavírus?
LJ –A pandemia veio alterar o
funcionamento de milhões de pequenas empresas no mundo e Angola não constituiu a excepção, aonde algumas interromperam as
suas actividades temporariamente.
Também é possível observar uma certa
evolução na forma de actuar de pequenos empreendedores. Entre as empresas que
continuaram a funcionar algumas realizam serviços Semi-Presenciais. Outros a
operarem com horários reduzidos, e outros em trabalho remoto.
Outra forma encontrada pelos pequenos
empresários para não interromper o funcionamento foi implementar uma
rotatividade de funcionários, atribuindo-os escalas de serviços. Num sistema
financeiro, económico, social e político pouco estável é difícil fazer face às
adversidades apresentadas pelo cenário da pandemia, temo, muito sinceramente se
não houver intervenção do Estado, que as empresas e o sistema financeiro entre
em colapso.
3º
O que se pode fazer para o não declínio das mesmas?
LJ –A pandemia do Coronavírus trouxe a necessidade urgente da inovação, exigindo que
as empresas se reinventem para que não tenham prejuízos irreparáveis. Com o
isolamento social seguido por diversas pessoas, a clientela de vários negócios
desapareceu das lojas presenciais, ao mesmo tempo em que vários
estabelecimentos precisaram ser fechados em meio ao surto da Covid-19. Todas empresas tiveram a sua
rotina e a sua facturação impactadas, surgindo a necessidade de recorrer a
soluções práticas para sobreviver durante a crise. Como ainda não há
previsibilidade de quando toda essa situação se resolverá, é preciso se
reinventar para não ter que demitir trabalhadores.
A capacidade de se reinventar é uma
característica fundamental para empresas dos mais diversos segmentos, por
vários motivos, sendo alguns deles:
1º Manter a competitividade;
2º Estruturar o negócio rapidamente;
3º Desenvolver novos produtos ou serviços
interessantes;
4º Manter a competitividade é um dos motivos
mais importantes para se reinventar.
Desenvolver produtos ou serviços faz parte
das inovações mais atractivas do mercado. Produzir um novo modelo de válvula de
controlo, por exemplo, pode ser a forma mais eficaz de aumentar as vendas e a
visibilidade de uma marca no seu nicho. Reinventar-se é ainda mais necessário
em momentos de crise, como o que se vive actualmente, com a pandemia de
coronavírus. Sendo assim, é indispensável que o empresário tenha visão do seu
negócio e saiba quais atitudes deve tomar para sobreviver no mercado e
conquistar clientes em diversas situações.
4º
Quais as formas de uma alta produtividade?
LJ –A produtividade é basicamente definida como a
relação entre a produção e os factores de produção utilizados. Durante a quarentena, essa prática é
ainda mais importante e o uso dessa solução constitui um papel crucial. Por
meio de uma comunicação simples, rápida e completa, ela auxilia o processo de
adaptação do trabalho presencial para o Home
Office (trabalho semi-presencial ou
remoto), melhora o clima organizacional, facilita a troca de informações
relevantes, envio de actualizações sobre dinâmicas de trabalho e Feedbacks constantes.
Diante desses indicadores, podemos
salientar que o engajamento interno é fundamental em tempos de crise e
distanciamento. Mais do que nunca, é necessário que todos estejam alinhados com
aquilo que é a visão, missão e valores da empresa, cientes da situação para
enfrentar juntos esse desafio.
Esperamos que deu para ajudar. Fiquem ligados ao Blog que teremos mais matérias.


Boa matéria, deu pra aprender alguma coisa com essa matéria 🙏🏻
ResponderExcluirBoa matéria, deu pra aprender alguma coisa com essa matéria 🙏🏻
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